“Pedir ao Pai em nome de Jesus é o mesmo que pedir um empréstimo em nome de um bilionário”.
Em física, “Interação” é a força que duas partículas ou pessoas exercem uma sobre a outra, quando estão suficientemente próximas. No presente caso, a força da nossa fé deve ser exercida em Deus. Isto requer aproximação suficiente. Esta fé exclusiva em Deus era anunciada de maneira obsessiva pelo Senhor Jesus, desde o primeiro ao último dia da Sua vida.
Inclusive, na Sua última noite, Ele orou, dizendo: “Pai, que conheçam a Ti só, como o único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem Tu enviaste” (João 17:3b). Foi somente no final do Seu “curso” aos discípulos, antes de partir, que Jesus lhes revelou o maior segredo de todos os tempos: A utilização do Seu Nome para interagir na fé exclusiva no Pai.
Ele disse: “Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço e as fará maiores do que estas, porque eu vou para junto do Pai. [Repare que aqui Ele falou em superação, declarando que não há limites para quem tem a verdadeira fé. Até Ele – Imagine! – pode ser superado! E o Senhor continuou a declaração, garantindo:] E tudo quanto pedirdes em meu Nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu Nome, eu a farei” (João 14:12-13).
Ao prometer atender a todos os nossos pedidos, Ele tinha um objetivo em mente: “para que o Pai seja glorificado no Filho” (João 14:13). Sabemos que Jesus nunca mentiu. E toda vez que Ele queria dar força ao que dizia e chamar a atenção dos ouvintes sobre algo importantíssimo, usava a expressão “Em verdade, em verdade”. Então, logo após dizer isso, querendo que o novo ensinamento fosse entendido e memorizado, volta a declarar o segredo com a mesma força de expressão: “Em verdade, em verdade vos digo que tudo quanto pedirdes ao Pai, em meu Nome, Ele vo-lo concederá” (João 16:23). E, ato contínuo, convidou os seus ouvintes a experimentar aquilo que havia acabado de revelar: “Até agora nada pedistes em meu Nome. Pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa”.
Depois que Jesus foi para junto do Pai, Pedro foi a primeira pessoa a testar este poder e a interagir com a fé no Nome de Jesus para superar um problema impossível na terra. E aconteceu assim: Pedro e João dirigiam-se ao templo, para a oração das três da tarde. Na porta do templo ficava um homem, coxo desde nascença, que pedia esmolas aos que entravam. Era muito conhecido de todos os que frequentavam o templo, pois há anos pedia esmolas ali. Ao ver Pedro e João entrando, começou a implorar, dizendo: – Me dê uma esmola, pelo amor de Deus! Pedro fitou-o por um bom tempo, talvez pensativo sobre o que Jesus havia prometido. E, finalmente, disse: – Olha para nós.
O coxo ficou olhando para Pedro, para ver a esmola que receberia. Mas Pedro, segurando a bolsa vazia, disse: – Não tenho prata nem ouro. Mas o que tenho, isto te dou: em Nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda! Pedro o puxou pela “mão direita e o levantou”. E logo os seus pés e tornozelos se firmaram. “De um salto se pôs em pé, passou a andar e entrou com eles no templo, saltando e louvando a Deus” (Atos 3:8).
Por causa do alarido do ex-coxo – afinal, ele tinha recebido a maior esmola de toda a sua vida – uma multidão juntou-se em volta dos três. Todos olhavam para Pedro e João, admirados com o que eles haviam feito. Mas Pedro, percebendo o assombro das pessoas, disse: – Por que olhais tanto para nós, como se por nossa própria virtude ou santidade fizéssemos andar este homem? Pela fé no Nome de Jesus, fez o seu Nome fortalecer a este que vedes e conheceis. E a fé que é por Ele deu a este, na presença de todos vós, esta perfeita saúde” (Atos 3:12,16). Sim, a fé no Nome de Jesus! Anteriormente, os discípulos já haviam usado a fé no Nome de Jesus para repreender maus espíritos e curar doentes. Foi quando Ele enviou os setenta, de dois em dois, para que O precedessem nos lugares por onde haveria de passar. Naquela ocasião, os discípulos voltaram maravilhados para o Mestre e disseram: “Senhor, em Teu Nome os demônios se submetem até a nós!” (Lucas 10:17). Jesus estava ali para se alegrar com eles. Mas agora, com Pedro e João, era diferente: Jesus não estava mais presente fisicamente. Pedro não tinha para quem voltar e contar as boas novas. Mas ele, com alegria completa, sabia que poderia usar a fé no Nome de Jesus para realizar muitos sinais, prodígios e maravilhas, e superar até grades e portões de ferro, sem lhes tocar!
Talvez você se pergunte: Será que este poder do Nome de Jesus também está à nossa disposição nos dias de hoje? A resposta é: Sim! Após ressurgir dos mortos, em sua última reunião com os discípulos, Jesus refez a promessa e a disponibilizou, ampliada, a qualquer pessoa que nEle crer. Ele disse: – Estes sinais seguirão aos que crerem: em meu Nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre enfermos e os curarão” (Marcos 16:17-18 - ARC). Tudo isto (e muito mais) em Nome de Jesus! Esta promessa de Jesus, assim traduzida na versão Almeida Revista e Corrigida traz o verbo crer (ter fé) no tempo “Futuro do Subjuntivo”. Isto quer dizer que o resultado não seria só para a época dos apóstolos, mas também para qualquer pessoa que fosse crer no futuro. Já o modo subjuntivo significa “subordinado, dependente”. Do quê? Da verdadeira fé em Deus no Nome de Jesus! Já a edição Revista e Atualizada traz esta promessa assim traduzida: “Estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem [...]”. Gosto muito também desta tradução porque o verbo está no “Presente do Indicativo” que, em estudos de linguagem, é o modo que indica um alto grau de comprometimento do falante com aquilo que está sendo dito. Isto quer dizer que Jesus está altamente comprometido para cumprir esta ação presente e contínua, sempre que alguém crer no Seu Nome e quiser interagir com Ele. Comprometeu-se com os que creem agora e com os que crerão no futuro. Garantiu que estaria comprometido para sempre: “E eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mateus 28:20b). É possível que estejamos perto da consumação dos séculos e do cumprimento de todas as coisas mas, até o último segundo, o Poder do Seu Nome estará conosco. Isto significa que as palavras e promessas que fez não morrem com o tempo. Disse Ele: “Passará o Céu e a Terra, mas as minhas palavras não hão de passar” (Marcos 13:31).
Por Juanribe Pagliarin